sábado, 20 de julho de 2019

Cel Fawcett

Em 1925 aconteceu à expedição Fawcett. A expedição que virou lenda e novamente atraiu a atenção do mundo todo para as cidades perdidas na Amazônia.
O Coronel Percy Fawcett pertencia a Guarda Real Inglesa e era altamente conceituado, tendo servido por alguns anos na Índia. A primeira vez em que esteve no Brasil foi por volta de 1920 representando a Inglaterra que era mediadora na disputa de terras entre o Brasil e a Bolívia.

Percival Harrison Fawcett (1867-1925) - em 1906, a Royal Geographical Society, uma organização britânica que patrocina expedições científicas, convidou Fawcett para inspecionar parte da fronteira entre Brasil e Bolívia para mapear uma área de selva e definir as fronteiras atuais entre os dois países.
Ele passou 18 meses na área de Mato Grosso (Brasil) e foi durante suas várias expedições que Fawcett se tornou obcecado com a ideia de civilizações perdidas nesta área, após ter tido contato com um certo documento...
O Manuscrito 512

Em 1920, Fawcett deparou com um documento chamado Manuscrito 512, um velho mapa que está atualmente na seção "trabalhos estranhos" da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 
Ele foi escrito por Francisco Raposo, um explorador Português em 1753, que afirmou ter encontrado uma cidade murada profunda na região do Mato Grosso na floresta amazônica, uma reminiscência da Grécia antiga.

Na Biblioteca Nacional-RJ, encontra-se o documento que representa um dos maiores enigmas arqueológicos do Brasil. Trata-se do Manuscrito 512, que contém o relato de um grupo de bandeirantes que encontrou em meados do século XVIII as ruínas de uma misteriosa cidade perdida no interior da Bahia.

Foi em 1839 que um jovem erudito, Manoel Ferreira Lagos (1816 ,1871) na então Biblioteca da Corte (atual Biblioteca Nacional-RJ) e posteriormente publicado pelo IHGB, o documento traz o subtítulo: Relação histórica de uma oculta e grande povoação antiquissima sem moradores, que se descobriu no ano de 1753.

O documento descreve as características da cidade em detalhes. Os bandeirantes que sairam de São Paulo se depararam com uma cordilheira cujas montanhas eram tão altas que “pareciam que chegavam à região etérea, e que serviam de trono ao vento, às próprias estrelas”. A entrada era formada por três arcos de grande altura, com inscrições que não puderam então decifrar. No fim da rua principal, havia uma praça, onde se erguia uma coluna de pedra negra, em cujo topo havia uma estátua de “um homem comum, com a mão no quadril esquerdo e o braço direito estendido, mostrando com o dedo indicador o Pólo Norte. As casas da região estavam abandonadas, sem nenhum móvel ou vestígio de presença humana recente. Haviam detalhes que remetiam a civilizações antigas, como uma fonte e um pátio com colunas circulares em cada uma das 15 habitações que circundavam um grande salão.

Pablo Villarrubia Mauso, que fez uma expedição em busca da cidade perdida para a revista Sexto Sentido, acredita tê-la encontrado em Igatú, município de Andaraí, em plena Chapada Diamantina, no Estado da Bahia, seguindo orientação do explorador alemão Heinz Budweg, que afirma que as ruínas são fruto de construções vikinks do ano 1000. Outra hipótese diferente é do linguista e explorador Luis Caldas Tibiriçá. Segundo ele,“Alguns edifícios assemelham-se aos da Idade Média da Etiópia.

 As inscrições encontradas poderiam ser do idioma gueez, dos etíopes, os mesmos que, em suas crônicas, falavam de terras distantes que alcançaram com suas embarcações”

Tibiriçá descarta a hipótese das ruínas serem antigas construções dos próprios nativos indígenas.
Alvo de muitas controvérsias, o documento ainda gera muitas especulações. Não se sabe ao certo a origem da cidade descrita no manuscrito, sua exata localização e quem foram seus habitantes, nem o seu fim. Ficou apenas o relato, e algumas hipóteses que ainda precisam ser devidamente comprovadas.

O manuscrito descreve uma cidade perdida carregada de prata com edifícios de vários andares, subindo arcos de pedra, ruas largas que conduzem para baixo em direção a um lago em que o explorador tinha visto dois índios brancos em uma canoa.
Depois de examinar registros antigos e ouvir minuciosamente velhas histórias, Fawcett ficou convencido de que haveria uma grande cidade perdida nas florestas do Brasil. Fawcett chamou essa cidade de "Z" e três anos depois, entusiasmado com essas histórias, ele resolveu voltar. Mas desta vez com a idéia de formar uma expedição e entrar na floresta em busca da origem das lendas.
Fawcett planejou uma expedição cujos membros eram ele mesmo, seu filho Jack e o amigo de Jack, chamado Raleigh Rimell, que era fotógrafo de um jornal. Ele optou por uma pequena expedição porque acreditava que um grupo pequeno pareceria menos como uma invasão para os índios e conseqüentemente seria menos provável de sofrerem um ataque. A rota foi cuidadosamente planejada e Fawcett combinou com outras pessoas que se caso não retornassem, uma expedição de salvamento não deveria ser enviada. Acreditava que seria perigoso demais.

Logo depois de desembarcar no Brasil ele conseguiu uma audiência com o presidente Artur Bernardes, a quem expôs seus objetivos. O presidente não quis tomar qualquer decisão sozinho e consultou o Marechal Candido Rondon que desaprovou totalmente o plano de Fawcett e fez com que o governo brasileiro negasse a permissão para o projeto. Fawcett retornou a Inglaterra, mas não abandonou a idéia da expedição.

Em 1924 fez novo pedido de autorização ao governo brasileiro e desta vez trouxe recomendação da rainha da Inglaterra e várias outras personalidades influentes na época. Novamente o Presidente da República chamou o Marechal Rondon para que opinasse sobre a pretensão do explorador inglês. Rondon manteve seu ponto de vista e mais uma vez se manifestou contra o projeto. Prometeu até organizar uma expedição brasileira e convidar Fawcett e seus companheiros para participar.

Fawcett não aceitou porque desejava uma expedição só dele, puramente inglesa e composta apenas de três pessoas: ele, seu filho e um amigo do seu filho. O Marechal Rondon discordou, mas diante das recomendações apresentadas por Fawcett o presidente acabou autorizando a expedição. Depois que Fawcett saiu, Rondon ainda disse ao presidente que: "Esse senhor vai desaparecer nas matas brasileiras e nós ainda vamos ser chamados para procurá-lo". O presidente respondeu que a sorte estava lançada.

Logo depois de autorizado pelo governo brasileiro ele partiu de Cuiabá, passando pela Chapada dos Guimarães em direção à aldeia dos índios Bakairi. Aparentemente a cidade perdida procurada por Fawcett estaria localizada na região do rio Culuene e o rio das Mortes na Serra do Roncador, no Mato Grosso. Mais tarde verificou-se que Fawcett nunca forneceu as coordenadas precisas de sua movimentação, para que nenhuma expedição posterior encontra-se o seu caminho.

Chegando à aldeia dos Bakairi, Fawcett conseguiu que meia dúzia de índios o acompanhasse na viagem. Com eles desceu o Culuene e parou quando encontrou a primeira aldeia dos índios Nahuquá, localizada na margem daquele rio. Nesse local os índios Bakairi deixaram a expedição e regressaram à aldeia de onde tinham partido.

Fawcett pediu então aos índios Nahuquá que os levassem à qualquer aldeia que existisse mais a nordeste, pois dali seguiriam rumo à Serra do Roncador. Os índios disseram que naquela direção só existia a aldeia dos Kalapalos e mais para o norte a aldeia dos Kuikuru, mas a dos Kalapalos era a que Fawcett deveria passar rumo à serra do Roncador.

Assim, três índios Nahuquá partiram em companhia de Fawcett para o acampamento dos Kalapalos. Quando chegaram encontraram a aldeia totalmente deserta, pois os índios tinham se mudado para outro acampamento localizado à margem direita do rio Culuene perto de uma lagoa que mais tarde veio a ser chamada de Lagoa Verde.

Fawcett não desanimou. Ainda com os índios Nahuquá, marchou em direção ao acampamento, onde encontrou Caiábi, o grande chefe Kalapalo daquela época, e também o genro deste -Isarari - que mais tarde se tornaria muito conhecido, porque foi tido como responsável pela morte do explorador inglês.

Em 29 de maio de 1925 Fawcett mandou uma mensagem para sua esposa, indicando que eles estavam prontos para entrar em território inexplorado. Esta seria a última notícia oficial que se ouviria da expedição. Eles desapareceram na selva e nunca mais foram vistos novamente.
Enigmatica estatueta  
Nas suas memórias, Fawcett não se declara um místico ; mas percebe-se um hermetista. O primeiro livro, compilado por seu filho Brian, intitula-se: O Continente do Espanto - referindo-se à América do Sul, naturalmente. As indicações para a localização da misteriosa Z, ponto do interior do Brasil, onde se encontraria o acesso à Cidade Encoberta, foi obtida com base em uma singular e antiqüíssima estatueta de basalto negro, que lhe fora presenteado por Sir H. Rider Haggard.

A enigmática Estatueta

O que pouca gente sabe é que este escritor britânico (autor do romance mágico-esotérico Ella a Feiticeira) morou muito tempo no Brasil. Sobre o ídolo de pedra, Fawcett costumava dizer: - Estou firmemente convencido de que provém de uma das cidades perdidas. (Ele admitia a existência de várias).

Tendo pedido a peritos do Museu Britânico que a examinasse, veio o veredicto: - Se não é falsa, escapa completamente ao nosso conhecimento!. Ninguém soube explicar por que a estatueta transmitia uma inegável sensação de choque elétrico. Fawcett argumentou que as antiguidades falsas são produzidas por quem tem a intenção de vendê-las, e que nenhum falsificador confeccionaria, com essa finalidade, uma obra de arte impossível de ser situada no quadro de conhecimento consagrado.

Persistente como de costume, fez com que a peça fosse examinada por diferentes sensitivos hábeis na arte da psicometria, pois todo objeto material emite vibrações psíquicas capazes de revelar sua origem. Cada sensitivo requisitado, descrevia as sensações obtidas.

No seu livro de memórias, transcreve um destes testes. Nele, a psicômetra descreve o continente da Atlântida estendendo-se do norte da África à América do Sul e o cataclisma que o destruiu quase completamente. Os habitantes, na sua maioria morreram afogados, ou foram vítimas dos terremotos. A psicômetra descreve a existência de muitos templos na região, vendo uma cena em especial: o sumo sacerdote atlante entregando a estatueta, que parecia ser a sua imagem, a um outro sacerdote, que durante a destruição, foge da cidade para esconder-se nas terras altas, prosseguindo viagem em direção leste.

Na oportunidade o sacerdote grita: “O julgamento da Atlântida será o destino de todos os que pretendem assumir o poder divino!”. A sensitiva não pode prever a data da catástrofe.

livro: Exploration Fawcett 1953 
livro: Coronel Fawcett A verdadeira historia do indiana jones   1997

Fonte - Portal do Deuses

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